Estudante ganhou o filho em uma escola de Sidrolândia em 2012.
'Agora, tenho que me formar e dar um futuro para ele', afirma.
Por Shanddy Notícias em 23 de Outubro de 2013
Pâmela concilia estudo com afazeres da casa. (Foto: Fabiano Arruda/G1 MS)
Onze meses depois de ganhar o filho no dia da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em Sidrolândia, a 70 km de Campo Grande, Pâmela de Oliveira Lescano, 18 anos, pensa em concluir o curso de administração. Ela começou a graduação em uma instituição de ensino particular na cidade, no início de 2013, por meio do Programa Universidade Para Todos (Prouni), com a pontuação que obteve no Enem em 2012.
O caso de Pâmela virou exemplo para o Ministério da Educação (MEC). A
pasta do governo federal monitora, para a edição 2013, 712 gestantes que
podem dar à luz entre os dias 20 e 31 de outubro. Deste número, 31 são
de Mato Grosso do Sul. Para este ano, 7.173.574 candidatos estão
inscritos no exame.
O nascimento do pequeno Everton está diretamente ligado com o atual projeto, conta a jovem. “Pensar em faculdade eu sempre pensei, só que, depois que ele [Everton] entrou na minha vida, foi um incentivo. Tenho um filho e é uma responsabilidade. Agora, tenho que me formar e dar um futuro para ele”, afirma. O parto do menino ocorreu no banheiro de uma escola pública no município.
Segundo a estudante, cursar administração, até agora, tem sido um desafio. Ela conta que cuida do menino durante o dia e concilia os estudos com os afazeres da casa. À noite, o marido, que tem 17 anos e trabalha durante o dia como servente de pedreiro, vai com ela até a faculdade e fica com o bebê no período de aula. “Ele só leva para mim quando o Everton quer mamar ou está manhoso”, diz ela sobre a amamentação do filho.
O nascimento do pequeno Everton está diretamente ligado com o atual projeto, conta a jovem. “Pensar em faculdade eu sempre pensei, só que, depois que ele [Everton] entrou na minha vida, foi um incentivo. Tenho um filho e é uma responsabilidade. Agora, tenho que me formar e dar um futuro para ele”, afirma. O parto do menino ocorreu no banheiro de uma escola pública no município.
Segundo a estudante, cursar administração, até agora, tem sido um desafio. Ela conta que cuida do menino durante o dia e concilia os estudos com os afazeres da casa. À noite, o marido, que tem 17 anos e trabalha durante o dia como servente de pedreiro, vai com ela até a faculdade e fica com o bebê no período de aula. “Ele só leva para mim quando o Everton quer mamar ou está manhoso”, diz ela sobre a amamentação do filho.
“Ele é chorão, às vezes, mas não dá pra ficar longe. É a fase mais
feliz da minha vida. Dá trabalho, mas vale a pena. É a sensação mais
gostosa do mundo. Ter filho é uma benção”, declara.
Mãe elogia filha e diz que jovem está fazendo a
faculdade 'na raça'. (Foto: Fabiano Arruda/G1 MS)
Pâmela diz que está à procura de um emprego e quer fazer um curso de auxiliar administrativo. Essas metas ainda não foram realizadas porque a jovem não conseguiu uma creche para deixar o bebê.
A mãe, Leide Oliveira, 46 anos, propôs ficar com o neto durante a
semana toda, já que mora em um assentamento que fica a cerca de uma hora
de Sidrolândia.
A ideia foi rejeitada. “Ela está fazendo [faculdade] na raça. É
difícil, mas ela está correndo atrás. Tem que pensar no futuro do
filho”, disse Leide.
Conseguir o primeiro trabalho, para Pâmela, representa melhor na
condição da família, já que o salário do marido dá para pagar o aluguel e
as despesas básicas da casa.
É a fase mais feliz da minha vida"
Pâmela de Oliveira Lescano, estudante.
Sonho
A estudante conta que tenta pensar no curso “por passos” e superar as dificuldades de cada matéria, no entanto, a cabeça, segundo ela, mesmo que despretensiosamente, não abriu mão de um sonho.
“Quero terminar administração para criar condições de um dia fazer medicina veterinária, meu grande sonho. Minha paixão é animal de pasto: carneiro, cavalo, boi, vaca. Ainda sou jovem e posso fazer faculdade até os 40”, conta.
A estudante conta que tenta pensar no curso “por passos” e superar as dificuldades de cada matéria, no entanto, a cabeça, segundo ela, mesmo que despretensiosamente, não abriu mão de um sonho.
“Quero terminar administração para criar condições de um dia fazer medicina veterinária, meu grande sonho. Minha paixão é animal de pasto: carneiro, cavalo, boi, vaca. Ainda sou jovem e posso fazer faculdade até os 40”, conta.
Em meio aos projetos e à faculdade, Pâmela diz não abrir mão de
comemorar o primeiro ano de vida do pequeno Everton no dia 4 de
novembro. “Quero fazer uma festinha reservada no sítio da minha mãe.
Espero que meu filho seja estudioso. Ele nasceu em uma escola e vai
comigo para a faculdade, mas se ele não quiser, sendo trabalhador e
honesto está de bom tamanho”.
Pequeno Everton faz um ano no dia 4 de novembro. (Foto: Fabiano Arruda/G1 MS)
Enem
As provas têm um total de 180 questões de múltipla escolha e uma
redação. No sábado (26), os candidatos farão a prova de ciências humanas
e a de ciências da natureza, ambas com 45 questões. O tempo mínimo para
permanecer na sala de provas é duas horas, e o tempo máximo para
resolver as questões é de quatro horas e meia.
Já no domingo (27), o Enem aplica as provas de linguagens e códigos, que engloba português e língua estrangeira (inglês ou espanhol) e de matemática, além da prova de redação. Nesse dia, a duração máxima do exame é maior: cinco horas e meia. Em ambos os dias de prova, para levar o caderno de questões, o candidato só pode sair da sala de aula nos últimos 30 minutos da prova.
O candidato deverá usar somente caneta com tinta esferográfica preta e feita com material transparente. Além disso, nenhum candidato poderá entrar na sala de provas sem apresentar um documento de identificação original com foto. Quem não tiver o documento deverá apresentar boletim de ocorrência emitido no máximo 90 dias antes da data da prova e se submeter a uma identificação especial e preenchimento de formulário próprio.
Já no domingo (27), o Enem aplica as provas de linguagens e códigos, que engloba português e língua estrangeira (inglês ou espanhol) e de matemática, além da prova de redação. Nesse dia, a duração máxima do exame é maior: cinco horas e meia. Em ambos os dias de prova, para levar o caderno de questões, o candidato só pode sair da sala de aula nos últimos 30 minutos da prova.
O candidato deverá usar somente caneta com tinta esferográfica preta e feita com material transparente. Além disso, nenhum candidato poderá entrar na sala de provas sem apresentar um documento de identificação original com foto. Quem não tiver o documento deverá apresentar boletim de ocorrência emitido no máximo 90 dias antes da data da prova e se submeter a uma identificação especial e preenchimento de formulário próprio.
Fonte: G1.com
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