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  • quarta-feira, 18 de setembro de 2013

    'Estou sofrendo mais do que ele', diz mãe após denúncia de tapa em bebê

    Coronel da reserva do Exército é suspeito de ter agredido criança.
    Caso ocorreu em prédio da Sefaz, em Salvador.

    "Ele agora está bem, graças a Deus". Assim a mãe de um bebê de 9 meses resume o estado da criança nesta quarta-feira (18), um dia após ela ter ido a uma delegacia registrar ocorrência de agressão contra o filho. Segundo o relato da mãe, um coronel da reserva do Exército, de 75 anos, deu um tapa no rosto do bebê porque o menino teria colocado a mão em um documento dele dentro da sede da Secretaria de Fazenda (Sefaz), no centro de Salvador, na manhã da terça (17).
    A situação foi registrada na Delegacia Especializada de Repressão a Crimes contra a Criança e o Adolescente (Derca) no mesmo dia. "A versão que ele [coronel] apresentou aqui na delegacia é que a mão dele teria encostado na mão do menino quando ele tentou retirar o documento. Já a mãe alegou que, mesmo após a avó da criança ter removido o documento, o coronel continuou irritado e agrediu o bebê", explicou ao G1 na terça-feira a delegada Simone Malaquias, que investiga o caso.
    A mãe diz que tudo aconteceu quando ela estava no órgão municipal por volta das 10h30 de terça-feira, para fazer um serviço de recadastramento do IPTU junto à prefeitura. De acordo com o relato da mulher, a criança estava no colo da avó, uma senhora de 68 anos, quando o garoto colocou a mão sobre um documento do coronel, que estava ao lado, e que seria um comprovante com o número de protocolo do serviço. No momento também estava no local airmã do bebê, de 9 anos.
    "Meu filho pegou no papel, mas minha mãe segurou a mão dele para ele soltar. Nesse momento, ele [coronel] virou e deu um tapa no meu filho. Ele [bebê] ficou com o rosto vermelho na hora. Agora ele já está ativo, brincando, mas eu como mãe não estou me sentindo bem com essa situação. Estou sofrendo mais do que ele", lamentou.
    De acordo com a polícia, a mãe teria reagido à situação reclamado em voz alta com o idoso, o que teria chamado a atenção de pessoas que também estavam na fila.
    Em nota, o Exército Brasileiro afirma que o coronel de 75 anos não negou esclarecimentos à polícia em nenhum momento e que tentou pedir desculpas aos familiares da criança pelo "mal-entendido", mas não conseguiu devido aos ânimos acirrados.
    "Ele alegou dizendo que bateu sem ver. Mas ele virou e desferiu um tapa no rosto do meu filho. Bateu porque estava no colo da minha mãe, que é uma senhora de idade", completa a denúncia. Ela afirma que vai continuar "brigando pelos direitos do filho". "Tudo que precisar ser feito, eu vou fazer", ressalta.
    Ainda segundo o relato, a criança chorou muito após o ocorrido, o que gerou comoção entre as pessoas presentes no local. "Os policiais chegaram antes que a população pegasse ele, porque não sei o que seria. Foi até bom os policiais terem chegado primeiro e terem impedido que ele fosse linchado", reflete. Por meio da assessoria de imprensa, a Sefaz informou que o local tem policiamento 24 horas e o efetivo foi reforçado devido ao aumento do movimento de pessoas por causa do serviço de recastramento.
    Conforme o relato da mãe, o coronel só deixou o local após o ocorrido quando uma pessoa do Exército foi buscá-lo em um carro oficial. Em seguida, o homem foi ouvido na delegacia. A delegada afirmou que o coronel assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência para dar continuidade às investigações. O caso será encaminhado ao Juizado Especial Criminal, em Nazaré.
    Nesta quarta-feira, o Exército informou que o coronel passou mal após prestar depoimento na delegacia e teve que ser levado a um hospital. Ele permenece sob cuidados médicos em casa, repousando.


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